24/03/2020 07h50
Fonte: Redação
Uma mulher fria e que teria matado a filha por ciúmes do marido. Foi o que disse o delegado responsável pelas investigações da morte da menina de 10 anos, em Brasilândia (MS), após denunciar que era vítima de abuso sexual. Segundo a polícia, depois de enterrara a filha ainda com vida, a suspeita teria passado em uma conveniência do município para comprar cerveja e retornou ao local do crime mais duas vezes para conferir se a criança estava morta. Conforme o delegado, a mãe chegou a gargalhar durante interrogatório ao ser questionada sobre a motivação do crime. "Ela é extremamente fria. Quando questionada se sentia ciúmes da filha, ela riu e disse que se garantia. Mas, na verdade, ficou claro que ela não aguentava mais os olhares do padrasto para a menina, ela tinha indignação", afirmou Thiago Passos. As investigações apontam ainda que a menina era estuprada pelo padrasto, com o consentimento da mãe. "O padrasto praticou reiterados abusos sexuais no último ano e ela sabia disso, inclusive será indiciada por participação em estupro de vulnerável". Sobre a participação do filho adolescente de 13 anos no assassinato, o delegado disse que o menino foi ameaçado com uma chave de roda para ajudar a mãe a enterrar a irmã. A mulher está presa, assim como o padrasto e o menor foi encaminhado a UNEI (Unidade Educacional de Internação) de Três Lagoas. O crime - O crime ocorreu no município de Brasilândia, a 284 quilômetros de Campo Grande, na noite deste sábado (21). A menina de dez anos foi esganada e enterrada de cabeça para baixo, em uma área próxima ao lixão da cidade. Tudo começou após a mãe ir até a delegacia durante a noite e registrar um boletim de ocorrência de desaparecimento da filha. No entanto, na mesma noite, ligou para a polícia, informou que teria matado a menina e iria se entregar. Após trabalho das autoridades policiais, o corpo da menina foi localizado próximo ao lixão, com várias lesões que indicavam tortura. De início, a mãe contou que agiu sozinha. Para a polícia, o irmão de 13 anos contou que o crime ocorreu porque a menina relatou que vinha sofrendo abusos sexuais por parte do marido da mãe. Após ser questionado na presença do Conselho Tutelar de Brasilândia, o irmão ainda confirmou que ajudou a mãe a cometer o crime. Ele estava com arranhões nas pernas e contou detalhes à polícia. Conforme a versão, a mãe teria derrubado a filha no chão e envolvido o pescoço dela com fio elétrico. O menino ainda disse que a irmã pedia para não morrer, mas não foi ouvida. A mãe, com ajuda do filho, colocou a menina, ainda viva, dentro de um buraco.
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