Fonte: Campo Grande News
Conhecido como "Escobar brasileiro", o ex-major da PM (Polícia Militar) de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, foi preso na Hungria, flagrado com documentos falsos. Em novembro de 2019, o ex-policial fugiu do cerco da PF (Polícia Federal) na operação Enterprise e chamou a atenção por ter até uma versão "morto-vivo", de acordo com apuração do site Campo Grande News.
De filho de donos de lanchonete em Campo Grande a apontado como líder de organização criminosa capaz de exportar 45 toneladas de cocaína (equivalente a R$ 2,2 bilhões), Carvalho é comparado ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar.
A saga do ex-major já tinha marcas na década de 80, quando foi parar no radar da PF por contrabando de pneus do Paraguai. A primeira prisão foi em 1997, com uma carga de 237 quilos de cocaína, numa fazenda de Rio Verde de Mato Grosso. Em 2007 e 2009, quando já cumpria pena em regime semiaberto, voltou a ser preso por envolvimento em jogos de azar, alvo das operações Xeque-Mate e Las Vegas.
No ano de 2010, virou notícia durante a Operação Vitruviano, que apurou fraude ao espólio de um homem que morreu sem deixar herdeiros, mas com patrimônio de R$ 100 milhões. A expulsão da PM (Polícia Militar) só veio em 7 de março de 2018, mas ainda trava uma briga judicial com o governo de Mato Grosso do Sul para receber R$ 1,3 milhão de aposentadorias.
Deflagrada em novembro de 2019, a operação Enterprise também teve como alvo Lucimara Carvalho, 55 anos, irmã do ex-major. Quando adolescente, ela ajudava os pais na lanchonete de duas portas, balcão grande e poucas cadeiras na Rua 13 de Maio, perto do então Colégio Latino Americano.
Morto-vivo – Para fugir da polícia, Carvalho criou até uma segunda identidade na Europa – batizada de Paul Wouter. Depois da investigação, a defesa de Wouter apresentou certidão de óbito por covid-19, sendo o corpo cremado, portanto sem condições de análise de DNA dos restos mortais para confirmar a identidade. Na dúvida, o governo de MS suspendeu o pagamento da aposentadoria de R$ 11 mil até que Carvalho faça prova de vida.
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